Kikakbunda comemora 1 ano com a festa Selvagem e atrações inéditas

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A ideia de querer uma festa em Maringá que contemplasse as pessoas que não estão necessariamente incluídas nos padrões de beleza e normatividade da sociedade, fez com que um grupo de amigos criasse o Kikaʞbunda. A página no facebook foi feita, mas a festa ainda não tinha nem data prevista para a primeira edição e nem o local fechado. A galera curtiu tanto a proposta que o evento aconteceu um mês após a criação da page e agora está em sua 9ª edição com o Kikakbunda Selvagem - 1 ANO.


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Isadora Yalodê (Assessora de Comunicação) falou um pouco da essência do Kika: “Foi exatamente por esse o motivo que criamos esse baile. A maioria das baladas de Maringá não são contemplativas, vivem reproduzindo padrões e os preços das entradas e das bebidas são seletores pontuais de público. A proposta do Kikaʞbunda é oposta a essa lógica. Queremos a acessibilidade de diferentes públicos, de diferentes classes sociais e principalmente ver essa gente linda de beleza ‘despadronizada’ tomando conta da pista”.


Em cada um dos eventos foram abordado temas específicos, que buscam representatividade e caracterizam a identidade da festa. Vamos falar um pouco das edições que aconteceram ao longo desse 1º ano. Os dois primeiros eventos foram sobre o empoderamento Afro e a beleza do corpo gordo.


Edição Resgatchi com Danielle Maria, Eloá Lamin da Gama,
Juliana Armond, Natália Alexandra, Renan Ghiraldi e Vivian Thomaz


A 3ª festa foi especial CAMINHÃO, mostrando a beleza da mulher que é resistência só de pôr a cara no sol de uma rua que a espera feminina. O que falta de feminilidade sobra em sedução. E não tem nada de masculino nisso!

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Edição Caminhão — com Juliana Bernardelli, Daniele Barbosa e
Lirian Lopes


Já na quarta edição se discutiu sobre corpos contrários aos padrões e teimosos à normatividade. Rostos que não estão nos holofotes, são o holofote!

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Kikakbunda IV com Allana Summers, Lexy Yonce


O 5º baile foi chamado de Kbelos, veio para afrontar os padrões, o volume do black, as cores, o movimento das tranças e o brilho das carecas.

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Edição Kabelos com Gomes Tiago, Eloá Lamin da Gama,
Cami La Rodrigues e Del Camargo


Em agosto foi a vez da edição "BI CHÍ SSI MA", que mostrou a força das bichas, que colorem, movimentam, entortam e desequilibram a rigidez do que é considerado “ser homem”.

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Edição BI CHÍ SSI MA com Oni Kuroi e Renan França


A sétima festa mostrou que ser mulher nunca foi ter uma buceta. A edição TRAVESTIROS colocou os corpos como ocupação. “Saiam da frente da televisão. Travesti não é mulher só a noite. É mulher toda hora.” (Mariê Boldin)

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Edição TRAVESTIROS com Bruna Beatrice, Lua Lamberti de Abreu,
Luna Mina e Mariê Boldin.

A escritora Cássia Aguilera esteve presente e falou de como foi o rolê : "Sem perder sua essência, conforme ocorre a cada organização, a festa cumpriu o seu dever de desconstruir e objetivou a importância da visibilidade e igualdade para travestis no coletivo através de sua resistência a cada dia mais incentivadora e engrandecedora. Fizeram a bagunça acontecer, as artistas e demais participantes mostraram que o travesti só é bagunça quando quer ser".

A cultura afro foi exaltada na edição de novembro por ser legítima, cheia de beleza e poder destilando as verdades da vivência que traz estampada na pele carregada de ancestralidade. Que a força é só um detalhe para quem vive resistência.

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Edição bAFRO com Lauren Stephani, Vivian Thomaz e Luara Vieira.


A última edição do Kika acontece nesta sexta-feira (1/DEZ) na Casa da Vó em Maringá. Para comemorar 1 ano de trocas, essa edição é de bundas indomáveis e bocas sedentas, ou seja de "Corpos Selvagens". Se você já foi em algum dos bailes já sabe que não dá pra perder essa festa, pra quem ainda não foi tá esperando o que??? Corre que ainda dá tempo!!

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Foto: Elias Coelho

escrito por Adriane

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