Baseado em fatos reais

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Toda manhã quando saio pra trabalhar, uma cena se repete. Às 8h10min, pontualmente, um senhor bem velhinho fica parado na esquina de casa. Ele não fica sozinho. Quase sempre um cachorro está junto. Parece ser dele.



Coincidiu de algumas vezes, o busão que passa de hora em hora, cruzar minha frente. Aquele senhorzinho acenava sorrindo pra alguém que, de dentro do ônibus, colocava o braço pra fora e jogava um oi de volta. Depois disso, o senhor virava as costas e ia embora com o cachorro. Caminhando com toda a calma do mundo ou porque a idade já não permite ter pressa.

Até que um dia, não vi mais aquele senhor. Mas o cachorro estava lá. Dois dias, uma semana... e nada dele aparecer na esquina de casa, como fazia todas as manhãs. O cachorro que antes ficava deitadinho na calçada, passou a correr atrás do busão.

Eu ficava pensando no senhor que sumiu, pensando porque o cachorro estava correndo atrás do ônibus... Ontem eu parei no mercadinho perto de casa. Já era noite e duas pessoas conversavam no caixa, lamentando a morte do seu Miguel. Resolvi perguntar quem era "seu Miguel", de quem eles falavam com tanto carinho! Seu Miguel era o senhor de 84 anos, que todas as manhãs acordava pra esperar a neta cruzar a rua a caminho do trabalho, naquele ônibus.

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E aquele cachorro não era do seu Miguel, mas era um grande amigo dele, que até hoje, cumpre sua missão de amor, de desejar um simples e maravilhoso "bom dia". Sinto falta de me alegrar com a alegria do seu Miguel. E enquanto a gente se deprime com a vida, o doguinho corre feliz...

escrito por Adriane

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