Jakarta e sua magia!
Jakarta a capital da Indonésia, conhecida como barulhenta, caótica, e não tão disputada pelos turistas por ter um tipo de turismo mais urbano entre museus e monumentos, foi a nossa primeira cidade na Indonésia, e vou te contar que não foi tão torturante assim, porque até uma capital caótica tem sua magia.
Ficamos três dias por lá, deu pra fazer tranquilo nosso turismo urbano e satisfeitos com nossos passeios pela movimentada capital queríamos algo diferente, sabíamos da existência de algumas praias por ali e descobrimos que faziam parte de um complexo de ilhas conhecido como “The thousand islands”. Na manhã seguinte partimos em direção ao porto da cidade de onde saíam os barcos para o tal complexo de ilhas, e pegamos um barco que nos deixaria na ilha principal.
Assim que chegamos na ilha um senhor já veio pra cima da gente falando poucas palavras em inglês e trocentas em indonésio, mas conseguimos entender que estava oferecendo um passeio de barco, e é sobre esse senhor dono do barco que vai esse post.
A viagem até a ilha foi cansativa e quando chegamos só queríamos respirar um pouco e comer alguma coisa, acabamos nem dando muita atenção pra ele. Demos uma voltinha e achamos uns estrangeiros que estavam com uma moça indonésia, eles moravam na ilha por um projeto voluntariado, nos mostraram um lugar para almoçar e arranjaram um passeio de barco pra gente. Enquanto almoçávamos a moça indonésia negociava o passeio, eis que surgiu o senhor que nos abordou quando chegamos na ilha, e apareceu brigando dizendo que já tínhamos fechado o passeio com ele e não era pra fechar com outro barco, uma confusãozinha.Ficamos ali negociando sobre preços alguns minutos e decidimos ir com o primeiro senhor mesmo, até porque ele estava muito decidido em levar a gente.
Bom, o nome dele é Baron, o senhor Baron, e ele não é tão bravo e brigão do jeito que pareceu, só estava garantindo sua clientela. No caminho para uma das ilhas ele disse que precisava parar em outra onde ficava sua casa para pegar as máscaras de mergulho e nos convidou para conhecer a casa dele, achamos o máximo e aceitamos na hora.
Descemos todos do barco e entramos na ilha, que era uma graça cheia de casinhas uma do lado da outra com ruas estreitinhas e uma criançada correndo pra lá e pra cá nos dizendo “Apakabar, apakabar”. Chegamos na rua de sua casa onde tinha um grupo de mulheres sentadas no chão fazendo um doce tipico enrolado com folha de bananeira e assim que avistaram a gente foi a maior festa, fizemos doces com elas e trocamos varias risadas gostosas que quando nos demos conta era hora de ir e acabamos nem conhecendo a casa mesmo do senhor Baron. Uma energia muito boa envolveu a gente, e com todas aquelas pessoas tão felizes quase ficamos por ali mesmo.
O passeio de barco foi demais! Passeamos por umas duas ou três ilhas desabitadas rodeadas por uma água que parecia sido pintada por lápis de cor, fizemos snorkeling e nadamos com peixes tão coloridos que eu nem imaginava que existiam, além de estarmos sendo guiado pelo capitão Baron, o capitão mais risonho de todos os tempos e que de vez em quando pulava na água pra nadar com a gente. Entre uma ilha e outra batiamos um super papo com ele que nos ensinou a dizer “ombak besar” ondas grandes em indonésio, “karang” que singnifica coral e “cinta”, amor.
De volta para ilha principal fizemos outra refeição nos despedimos do senhor Baron e ficamos curtindo um ventinho gostoso esperando nosso barco de volta para a capital. Mas ele ficou lá com a gente até nosso barco chegar e se certificar que estava tudo certinho esperando até o ultimo subir no barco, super pai.
Nosso dia foi perfeito, divertido, bonito e cheio de cultura em que pudemos mergulhar um pouco na vida de pessoas locais nas ilhas mágicas dentro da barulhenta capital da Indonésia. Então se você for para Jakarta e tiver um tempinho a mais, vale muito a pena conhecer o complexo de ilhas e fazer um passeio com o senhor Baron, o lugar é bonito sim, mas a magia está nas pessoas.
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