Conheça o projeto social feito por maringaenses que vão além das fronteiras
A exposição "Janela Para o Mundo" do projeto Wauk, começou na última sexta-feira (3) no segundo piso do Teatro Calil Haddad e fica em cartaz até dia 25 de novembro de 2017. Os horários durante a semana vão das 8h00 até às 17h00. Já nos finais de semana, é necessário o contato com a administração do teatro para confirmação da abertura. A exposição está sendo realizada através do edital Convite às Artes Visuais, realizado pela Semuc.
Tribo Mursi, na região do Vale do Omo - Etiópia/Foto: Wauk
Trabalho desenvolvido desde o ano de 2012 pelo fotógrafo Rafael Saes, o "Wauk" nasceu de uma imersão cultural durante viagens pelo mundo. O projeto reverte 50% do lucro arrecadado com a comercialização de fotos dessas diversas viagens, em investimentos para comunidades necessitadas que foram visitadas.
Tribo Konso - Etiópia/Foto: Wauk
A fotografia documental de países em vulnerabilidade social ou atingidos por desastres naturais é uma das marcas deste trabalho que tem por objetivo enxergar diversas culturas e o cotidiano das populações locais - com visão humana, e não turística. Por meio do trabalho social iniciado após uma viagem ao Nepal (seguida dos terremotos que assolaram o país), a Wauk reverte 50% do lucro arrecadado com a comercialização de suas fotos - em investimentos em comunidades necessitadas ao redor do mundo.
Foto: Wauk
Os dois primeiros investimentos da Wauk já chegaram a Vila Patle, no Nepal! Levaram o primeiro sistema de energia solar para vila e o seu primeiro computador. Para grande maioria dos moradores, foi o primeiro contato com um computador na vida.
Vila Patle, Nepal/Foto: Pemba Sherpa
"Os nossos investimentos são baseados em reais necessidades que identificamos nas comunidades que visitamos. Em 2015, dois meses após os terremotos que assolaram o Nepal, pudemos visitar uma vila bem remota chamada Patle. Conhecemos um pouco do estilo de vida das pessoas da vila e uma história nos chamou atenção. Algumas crianças precisavam caminhar de 3 a 4h pelas montanhas pra chegar a escolinha e poder estudar. Depois da aula, mais 2, 3...4h pra chegar em casa e aí já era noite. Como estudar? Como fazer as tarefas? À beira de um fogão à lenha. Detalhe: não tem chaminés nas casas. Podemos dizer que é praticamente impossível ficar de olhos abertos, agora imagina estudar? Identificada esta necessidade, resolvemos investir na educação das crianças e no desenvolvimento tecnológico da vila. Esse é só o primeiro passo. Que mais energia seja levada, que mais computadores sejam entregues e que a educação para as crianças seja cada dia mais aprimorada nesse local tão remoto do Nepal."
Vila Patle, Nepal/Foto: Pemba Sherpa
Para todas as pessoas que tem o interesse em conhecer o projeto e ajudá-lo, confira a exposição ou entre em contato com o seu idealizador Rafael Saes, no seguinte e-mail photo@wauk.com.br ou pelo telefone (44) 99988-4384.