Projeto promove formação artística gratuita e acessível em Maringá
Projeto fomenta artes visuais, design, gráficas e audiovisual com oficinas, rodas de conversa e exposições abertas à comunidade

O cenário cultural de Maringá ganha novo fôlego com a estreia do Ruma Lab – Laboratório de Sobreposições das Artes Visuais, Design, Artes Gráficas e Audiovisual. O projeto, que promove formação artística gratuita e acessível, oferece mais de 100 horas de atividades ao longo de dois períodos intensivos, com início no dia 16 de agosto, na Vila Olímpica. A iniciativa traz uma programação diversificada que inclui oficinas, rodas de conversa, encontros com artistas, exposições, feiras gráficas e apresentações culturais abertas à comunidade.
A cerimônia de abertura contará com show da banda local Cambaia, discotecagem da DJ Maria Maria e a atração nacional A Espetacular Charanga do França, marcando o início de uma imersão criativa coletiva que segue até o dia 24. Em sua segunda fase, a partir de 29 de setembro, o projeto retoma a programação com mais seis dias de atividades e encerra com uma exposição dos trabalhos desenvolvidos nas oficinas e um encontro de artistas gráficos.
Idealizado pelos produtores culturais Felipe de Moraes (Momo), Lua Specian e Pedro Marques, o Ruma Lab tem como objetivo principal descentralizar o acesso à cultura e estimular a criação artística por meio de metodologias acessíveis e colaborativas. Financiado com recursos da Lei Aldir Blanc, na categoria “Ações Educativas para a Cultura”, o projeto se propõe a atuar como um espaço de experimentação, troca e formação contínua em diferentes linguagens visuais.
Entre as oficinas oferecidas estão temas como identidade visual para projetos culturais, criação de lambezines tipográficos, produção de fotozines, intervenção urbana, xilogravura, história em quadrinhos, colagem, carimbos, stop motion e produção de festivais de cinema. As atividades serão conduzidas por artistas e educadores reconhecidos na cena cultural regional e nacional, como Allan Sieber, Karina Rampazzo, Grafatório e Nós da Madeira. A programação inclui também atividades voltadas ao público infantil.
Além da formação artística, o Ruma Lab promoverá quatro rodas de conversa que debatem temas relevantes da cultura contemporânea, como o mercado das artes gráficas, o papel do carnaval como fomentador cultural, os pontos de cultura e festas populares, além da relação entre cenografia e interatividade com o público. Entre os convidados estão nomes como Thiago França, do grupo Charanga do França, e representantes de coletivos como Quizomba, Casa Luanda e Alma Brasil.
INCLUSÃO
Comprometido com a diversidade e a acessibilidade, o projeto adota uma política de inclusão que reserva 20% das vagas para pessoas LGBTQIA+, negras e com deficiência, e 10% para beneficiários de programas sociais. Todas as atividades contarão com tradução simultânea em Libras e serão realizadas em espaços adaptados para pessoas com deficiência física.
A proposta do Ruma Lab também se estende à valorização da produção artística independente, oferecendo um ambiente para que artistas, designers e profissionais do audiovisual possam apresentar, comercializar e divulgar seus trabalhos. Para a curadora Lua Specian, o projeto representa uma oportunidade de ampliar a visibilidade da arte local e fortalecer a cadeia produtiva criativa de Maringá. “Temos a chance de promover e evidenciar novos e antigos talentos, com um olhar atento à formação continuada e às produções autorais”, destaca.
As atividades são gratuitas e abertas ao público. Apenas as oficinas e a feira gráfica exigem inscrição prévia, que pode ser feita pelo site oficial do projeto. A programação completa está disponível em www.rumalab.com e no perfil @rumalab44, no Instagram. A iniciativa é aprovada pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, do Ministério da Cultura – Governo Federal.