Qual livro você está lendo agora?
Cada vez é mais difícil encontrar pessoas com livros nas mãos por livre e espontânea vontade. O hábito de perguntar “Qual livro você está lendo agora?” deixou de ser comum, porque a resposta que se tornou mais provável será: “Os livros da faculdade/escola”.
Talvez pela falta de tempo ou mesmo de interesse, as pessoas deixaram de ler livros espontaneamente, às vezes porque a internet está presente hoje, tanto no celular, quanto no computador, com diversos conteúdos na mão em um clique de distância. É tanto conteúdo que é difícil escolher o que ler, imagina ainda nesse meio dessa disputa de informações, ainda ter que arrumar espaço para um livro com 200 páginas. “200 páginas?” alguém diz indignado! Porque hoje dois minutos do seu tempo é muito para uma leitura ou para assistir a um vídeo, ultrapassando esse limite se perde todo o interesse e a concentração.
Mesmo assim, com o número absurdo de pessoas que não lêem, ainda existe uma minoria que lê e uma minoria que ainda talvez consiga influenciar as pessoas para o hábito da leitura. Muitas delas ainda alegam que as histórias dos livros geralmente são melhores que as dos filmes, quando estes são inspirados naqueles ou vice-versa. O livro não possui um limite de tempo, o número de páginas não quer dizer nada, é só um número. A história pode ter o ambiente e o tanto de personagens que for preciso e mesmo assim construir uma história. Igual quando os filmes te levam para uma outra realidade, te transportam para uma história, talvez da mesma maneira ou mais acentuada que os próprios filmes já fizeram.
E é por esse motivo que muitos lugares lutam e trabalham duro para ainda se manterem no lugar, para que as pessoas voltem a ter interesse e que o livro não seja substituído pelo meio digital. Lugares como sebos, livrarias e bibliotecas são os guardiões “desta ferramenta quase extinta pelo homem”, onde em suas estantes guardam aprendizados, histórias para se apaixonar, rir, chorar e muito conteúdo para além do imaginável.
Talvez ir a esses lugares não seja tão atraente quanto ir a um shopping e ver um filme, ou passar em algum lugar para comer aquelas coisas que jovens adoram comer. Ler um livro não é para muitos um sinal de interação e sim uma atividade para se fazer sozinho, o que geralmente dificulta numa sociedade tão carente e interativa.
Lugares como livrarias que se inovaram, transformaram o ambiente em um lugar agradável na visão de muitos, seguindo aquele ditado “julgamos o livro pela capa”. Além disso, as mais conhecidas e mais frequentadas são situadas em lugares como shoppings, onde existe uma maior circulação de pessoas. Também contam com cafés, que podem ser frequentados tanto por leitores quanto por não leitores. Ao mesmo tempo esses não leitores podem se interessar por algum livro ou pegá-lo para simplesmente passar o tempo e se apaixonar pelo conteúdo.
Inovações e atitudes como essas transformam pessoas em leitores, chamam atenção de quem é que esteja somente “passando”, faz com que essa “ferramenta” seja exibida sim, como qualquer produto que se encontre em uma vitrine. Isso faz com que de alguma maneira olhares despercebidos os note e torne-o comum ao nosso cotidiano novamente.
Se você, assim como nós não perde a oportunidade de ler um bom livro, conheça os "Clubes de Leitura" que acontecem todo mês em Maringá:
Bons Casmurros #03 - O Amante (Dia 04/03)
Clube do Livro PUCPR - SILO (09/03)
Clube do Livro: Direito e Literatura - Ensaio sobre a Cegueira (25/03)
Gostou e quer mais? Conheça sobre o Blog "Las Trevelantes", clicando na imagem abaixo:
