CARREIRA

5 Empreendedoras Maringaenses Que Você Precisa Conhecer!

Conheça essas mulheres que são exemplos em suas áreas e venha se inspirar também!

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Maringá é lar de uma rica diversidade de talentos e histórias inspiradoras. Entre as muitas figuras notáveis que ajudam a moldar o tecido social e cultural, destacam-se cinco mulheres cujas conquistas e contribuições merecem ser celebradas e reconhecidas.

Nesta matéria, elas responderam perguntas como:

  • Qual o maior desafio que você já passou como mulher e
    empreendedora em Maringá ?
  • Consegue citar 3 mulheres que foram essenciais nessa sua história como empreendedora? Que te inspiraram e ajudaram?
  • E por fim, o que você faria para uma mulher começar a empreender num negócio próprio?

 

Confira as respostas abaixo!

Keuri Bonato
Psicóloga e artesã, mora em Maringá há 10 anos.

Dos desafios:

"Acredito que o maior desafio seja o acesso a lugares de maior visibilidade do meu trabalho, pois o ramo da moda é bem segregado e elitista. Mas acredito que seja assim em todos os lugares. Aqui tenho uma rede muito incrível, que me ajuda a divulgar e consomem meu trabalho. "

Suas inspirações:

"Minha mãe, pois comecei a marca com a ajuda e os ensinamentos dela. Laura Amaral, da marca Campana, e Nataly Neri."

Se você pudesse deixar uma recado para outra mulheres a partir da sua experiência, qual seria?

"Ir fazendo e criando seguindo suas vontades, mesmo perante todas as limitações de dinheiro, equipamentos, cenários. No início tudo vai estar cru. É no caminho que o sonho vai tomando forma, e levo sempre comigo uma frase que diz que “o meu real dever é salvar o meu sonho”. Sigo o rastro dessa vontade e vou."

 

 

 

Oriana
produtora de eventos, mora em maringá há 17 anos

Dos desafios:

"Acho que o maior desafio enquanto empreendedora aqui em Maringá (e acredito que no cenário do país todo e como a maioria das áreas) no ramo de eventos é ele ainda ser majoritariamente masculino. Lidar com o preconceito de gênero ainda é um desafio e incômodo pra mim."

Suas inspiracoes:

"Sempre busco me inspirar em mulheres à minha volta! Citaria até mais que três! Rs. Como a Adriane Erler, criadora do bloco bumbum de ouro e que me abriu portas no setor de eventos e as líderes das equipes da SOMOS: Vanessa Sarto, Tatiane Guarniere, Andrea Okamoto, Jaqueline Sander… Poderia citar muitas outras aqui que estão comigo nessa jornada desde o início. Mas essas em especial porque além de serem minha rede de apoio com certeza me inspiram na grandeza pessoal e me fortalecem para enfrentar os desafios de cada evento. 

E obviamente minha mãe e minhas irmãs que são minha grande base e espelho todos os dias."

Se você pudesse deixar uma recado para outra mulheres a partir da sua experiência, qual seria?

"Meio difícil aconselhar sem parecer papo de coach mas a real é que se você tem um sonho, acredite e confie no que você sente. Não vai ser fácil mas vai valer a pena."




LEFFS
Cantora, compositora e produtora cultural há 4 anos.

"Não me considero uma empreendedora, não gosto muito dessa palavra haha sou uma artista independente, acho essa nomenclatura mais interessante."

Dos desafios:

"O maior desafio como uma mulher trabalhadora da cultura em Maringá é encontrar espaços que estejam abertos à diversidade e a um trabalho musical autoral, com dignidade, respeito e remuneração adequada; trabalhar com cultura no interior é sempre um desafio, sendo mulher os desafios aumentam, sendo travesti, ainda mais. Mas a alegria de produzir e estar nos palcos é imensurável."

Suas inspirações:

"3 mulheres essenciais na história de minha carreira artística são: Lua Lamberti, Luara Fagundes e Ariadine Gomes. Todas artistas locais que estiveram do meu lado em projetos importantes e que me inspiram em seus trabalhos."

Se você pudesse deixar uma recado para outra mulheres, ou para você, no começo da sua carreira, qual seria?

"O recado que eu daria para a baby Leffs é para que ela siga alimentando a chama do encantamento e do universo de possibilidades do começo, para que a criatividade sempre se sobreponha às limitações."

 

 

 

Nat Ferruzzi
advogada e consultora em Propriedade Intelectual, presidente da comissão de igualdade racial da OAB/Maringá e Conselheira da OAB/Maringá.
Natural de  Colorado, mora em Maringá há 20 anos.

 

Dos desafios:

"Para nós mulheres, os desafios começam com a simples realidade de ser mulher e os preconceitos e estereótipos de gênero que permeiam essa experiência. Frequentemente, nos deparamos com situações em que somos subestimadas e consideradas menos competentes, mesmo antes de termos a chance de demonstrar nosso valor, enquanto profissionais são validados instantaneamente, mesmo que possuam menos experiência, conhecimento ou qualificações acadêmicas, pelo simples fato de ser homem. Se fosse para escolher uma situação, acredito que seja quando aceitei assumir um papel de liderança dentro da OAB. Quando assumi a Presidência da Comissão de Igualdade Racial e também passei a integrar o Conselho, senti uma grande dificuldade para ser reconhecida como alguém que estava à frente da Comissão perante à sociedade. Em diversos momentos tive a minha posição invalidade, sentia como se precisasse fazer cinco vezes mais do que meus colegas do gênero masculino para "merecer" ocupar aquele espaço, e constantemente me via obrigada a provar minha competência. Embora tenha aprendido a lidar com isso ao longo do tempo, foi uma das situações mais desafiadoras e que sinto que senti de forma tão explícita e constante, essa questão me atravessar."

 

Suas inspirações:

"Não acho que já tenha sentido uma inspiração assim, pelo menos não dessa maneira. Quando comecei, empreender não foi uma escolha e eu tive poucas referências. No entanto, lembro-me de me inspirar na história e trajetória da Monique Evelle, que é uma empreendedora social, ativista e fundadora da Desabafo Social."

 

Se você pudesse deixar uma recado para outra mulheres a partir da sua experiência, qual seria?

"'Há pessoas menos qualidades que você, fazendo as coisas que você quer fazer, simplesmente porque elas foram lá e fizeram' É clichê, a gente sabe que o 'fazer' é extremamente difícil e que existem vários obstáculos, para algumas mais do que outras, mas essa frase é mais no sentido de você começar, e fazer o melhor com aquilo que você tem, porque se a gente espera o momento certo, o momento que estiver tudo perfeito, esse momento nunca chega."

 

 

Isa Angioletto 

Nascida em Maringá
fotógrafa há mais de treze anos e cozinheira  

Dos desafios: 

"Maringá é uma cidade muito conservadora, machista e  misógina, e como meu marido compõe a minha equipe de trabalho sempre as pessoas se dirigem a ele não a mim Sempre! Para absolutamente tudo! Quando há alguma pergunta  de caráter técnico é no WhatsApp dele que mandam mensagem e ele sempre encaminha o meu contato, mas é uma coisa muito louca que eles sempre vão achar que ele é meu patrão. 

A  questão de status, o homem fotógrafo ele é cheio de status enquanto as mulheres não têm esse reconhecimento é a mesma coisa para homens chefes de cozinha, já as mulheres são cozinheira - até no nome eles mudam dominação. o fato do ser um homem já traz credibilidade para ele quanto eu preciso ficar me provando sobre várias coisas que eu já fiz e provar  que dou conta - não deveria ser assim mas a gente acaba dando [conta]. 

Outro desafio como mulher foi ter sido demitida no meio da minha  licença maternidade - nessa cidade maravilhosa - que foi algo que me deixou MUITO mal psicologicamente mas que me fez acreditar que eu não seria funcionária de ninguém nessa vida e sigo aí autônoma há quase nove anos.  Prometi para mim mesma que eu nunca mais seria CLT porque o que eu passei eu não desejo pra ninguém.

Por fim, conciliar a Maternidade, os horários das escolas não batem com os horários comercial, as férias não batem com nada porque são quase três meses de férias durante o ano e  não tem o que  fazer,  um dos dois tem que ceder - no caso de casal imagina mães solo. 

Enfim a maternidade ela existe mas o sistema não enxerga nada das necessidades disso, uma licença maternidade dura quatro meses, uma amamentação - mínima recomendada pela OMS - são seis meses, porque a introdução alimentar só pode ser feita aos seis meses, então como que uma uma conta dessa fecha? Ela nunca fecha."

 

Suas inspirações 

"Logo no começo a Circular Pocket - a Dani e Karen -  me deram muita força e muita moral. Direto minhas fotos eram capa, direto tinha foto minha na revista, então elas foram muito essenciais no começo para o meu nome se espalhar. 

 As minhas sócias a Laís e a Paty,  a gente que trabalhou juntos por seis anos ou na Ventura e sempre foram muito incríveis também aprendi muito com elas, 

Minha mãe ter terminado a faculdade dela, com mais de 40 anos, também mostrou que não tem idade pra fazer o que se quer e nem tempo certo para a gente terminar algo que sonhamos,  que queremos. Minha vó… minha vó foi cozinheira muitos e muitos anos e a bicha é braba demais eu acho que no lá fundo curti a ideia de ser cozinheira por causa dela. Sempre me inspirei em muitas mulheres e trabalhei com muitas mulheres."

Se você pudesse deixar uma recado para outra mulheres a partir da sua experiência, qual seria?

"O que eu falaria pra uma mulher ficar começaria empreender num negócio próprio: cuidado com quem a gente confia,  cuidado com sócios.  eu tive uma experiência bem ruim de sociedade - que não foi essa que eu citei - mas que não tive duas bem ruins, eram pessoas que não fortaleciam nenhuma outra pessoa além delas. A gente sempre vai precisar de alguém no começo, mas a gente tem que estar esperta sempre, nunca confiar 100%, sempre estar atenta, porque a puxada de tapete pra gente é sempre pior.  o nosso nome é sempre  mais queimado do que um homem nessas situações.  é sempre mais fácil ser homem então a gente tem que ter muito cuidado com que a gente se associa. "

Cada uma dessas mulheres oferece uma perspectiva única sobre os desafios e triunfos enfrentados por empreendedoras em Maringá. Suas histórias são um testemunho do poder da resiliência, da determinação e da inspiração feminina.

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