Parada LGBTQIA+ em Maringá
No último domingo, dia 22 de maio de 2016, milhares de pessoas ocuparam as ruas e praças de Maringá durante a 5ª Parada LGBT. Marchamos não apenas para celebrar o amor e a diversidade, mas acima de tudo, para reivindicar nossos direitos. Direitos inscritos na Constituição Federal de 1988, e que nos são diariamente aviltados por grupos conservadores que, infelizmente, ocupam o parlamento.
Ocupamos os espaços públicos para reverberar as vozes de milhares de pessoas. Para dizer que existimos e que exigimos a concretização dos preceitos de igualdade e dignidade. Ocupamos os espaços públicos para dizer que não vamos nos deixar calar. Em um momento de retrocesso social, onde se discute a revogação do Decreto n. 8.727/2016, que permite o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero das pessoas transexuais e das travestis no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, nos unimos para reivindicar a igualdade e o reconhecimento. Atentos à necessidade da discussão da temática, os organizadores da 5ª Parada LGBT de Maringá utilizaram como tema da marcha o Projeto de Lei n. 5.002/2013, intitulado João W. Nery, que prevê o direito ao reconhecimento da identidade de gênero, indicando ainda o pesquisador e professor Murilo Moscheta como padrinho e a pedagoga Daniele Oliveira, a primeira mulher transexual reconhecida por seu nome social na Universidade Estadual de Maringá, como madrinha desta edição.
A Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB/Mga esteve presente durante o evento tirando as dúvidas dos participantes em relação aos seus direitos, em especial, acerca da ação para alteração de prenome das pessoas transexuais e travestis. Assim, a 5ª Parada LGBT de Maringá foi marcada não apenas pela celebração da diversidade, mas, principalmente, pela reivindicação da concretização e manutenção dos direitos das pessoas LGBT.
Francielle Rocha - Presidenta da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB-Maringá